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domingo, 28 de fevereiro de 2016

MAL SEMPRE MAU?

ANO LXXIII - Domingo, 28 de fevereiro de 2016 - Nº 3670

MAL SEMPRE MAU? (Gn. 50:20)

A questão do mal, sua origem, existência, incidência, alcance e outros aspectos ligados a ele sempre foram alvo da indagação humana, desde tempos antiquíssimos dos quais se tem algum registro oral ou escrito. Não é diferente com os cristãos (e não cristãos) ainda nos dias de hoje. Esse assunto é, para quase todos, inquietante e incômodo devido às suas implicações e desdobramentos. Em princípio, a todos parece que o mal é sempre mau, no entanto, pode não ser assim. Vejamos quatro situações possíveis:

a) Coisas boas (bem) acontecem a pessoas boas. Essa nos parece a correta e como sempre deveria ser, havendo justiça e coerência.

b) Coisas boas (bem) acontecem a pessoas ruins. Embora não seja o ideal para nós, ainda admitimos (com certo incômodo) esta situação, mesmo entendendo não ser a mais justa.

c) Coisas ruins (mal) acontecem a pessoas boas. Tal situação é a que traz mais insatisfação, angústia e, muitas vezes, revolta. É injusta e inadmissível tal situação. É o que se pensa na maioria das vezes.

d) Coisas ruins (mal) acontecem a pessoas ruins. Neste caso a situação é adequada (na visão geral), pois há punição (retribuição) justa com o mal a quem agiu mal. Retribuição devida e justa pelo mal praticado.

Nas quatro posições anteriores pode-se ver que o problema do mal só causa embaraço, de fato, em apenas uma delas, a saber, a letra “c” e demanda tentativa de explicação, mas sem muito sucesso, na maioria das vezes. Porém, na letra “d”, o mal não é mau; é visto, na verdade, como bem. A pessoa que tem praticado o mal deve receber a justa punição (prisão, doença, morte, etc.), vendo-se tal penalização como boa. Mas, embora seja boa como recompensa punitiva pelo mal praticado, não deixa de ser algo ruim (gera dor, sofrimento, tristeza, etc.). Assim, o enforcamento dos responsáveis pela morte e sofrimento de milhões de judeus, ciganos, negros e deficientes no período nazista foi visto como algo justo (bom). Então o problema não é o mal em si mesmo, mas sua manifestação em determinadas circunstâncias. Pense: o inferno é mau ou bom? A questão volta à tona: o mal é sempre mau?

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 21 de fevereiro de 2016

SOB A LEI OU ACIMA DELA?

ANO LXXIII - Domingo, 21 de fevereiro de 2016 - Nº 3669

SOB A LEI OU ACIMA DELA? (Rm.6:14)

Estamos vendo nos dias atuais em nosso país uma situação deveras interessante, embora indicativa do despudor de algumas pessoas, ou segmento da sociedade que, devido à posição que ocupam ou ocuparam, ou por pertencer e integrar a determinado clã ou grupo partidário, veem-se como intocáveis, ou imunes às demandas da lei diferentemente dos demais reles seres humanos brasileiros, os quais são obrigados a se submeterem às determinações da Lei e a ela (lei) responder. Algumas “vestais” que não podem ser intimadas a depor são vistas como se fossem seres divinais pairando acima de toda e qualquer instrução legal aplicada aos pobres mortais. Asseclas e apaniguados que se abrigam sob a sombra de tais seres que se julgam imunes e isentos, beneficiando-se de posições de mando que têm ou tiveram, logo se arvoram em defesa de tais indivíduos, evocando (pasmemos) os ditames da Lei, mas cujo propósito é dizer que seus “gurus” não podem sofrer o absurdo de serem intimados a depor.

O texto de Paulo até fala de não “estarmos debaixo da lei”, mas é claro que a hermenêutica mostra não se tratar da lei cível ou criminal, mas, sim, da Lei dada a Moisés, que encerrou tudo sob o pecado devido à incapacidade do ser humano em cumpri-la. Nós, por estarmos em Cristo pela fé, não temos sobre nossa cabeça mais a imposição de condenação, pois o sangue de Cristo nos purifica de todo pecado. Até mesmo o Filho de Deus, Jesus Cristo, submeteu-se à Lei e a cumpriu em nosso lugar, deixando claro que ninguém pode considerar-se acima da lei ou dispensado de sua observância, a fim de poder ser justificado ou declarado sem delito. Jesus cumpriu a Lei por nós e nos livrou da maldição (condenação) que ela traz; e nós, pela fé em Cristo, pudemos receber os benefícios de tal cumprimento, fazendo-nos livres e declarados justificados, recebendo o perdão. Portanto, na esfera da fé, não estamos nem sob e nem acima da Lei, mas a cumprimos na Pessoa bendita e gloriosa de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, a quem toda a honra é tributada.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 14 de fevereiro de 2016

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL

ANO LXXIII - Domingo, 14 de fevereiro de 2016 - Nº 3668

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL

A Escola Bíblica Dominical é uma instituição que faz parte da tradição das igrejas protestantes há mais de 200 anos. Tem sido instrumento precioso na instrução e orientação de milhões de crentes ao redor do mundo, bem como agente de evangelização de muitas vidas, sejam crianças ou adultos. Lamentavelmente a instituição tem perdido muito de seu vigor e força operativa. Já muitas igrejas locais e mesmo denominações têm deixado de manter a EBD, substituindo-a por culto de louvor e adoração a Deus, ou transferindo seu senso de instrução para grupos pequenos durante a semana. Não julgo que as instituições devam ser perpétuas, intocáveis ou imutáveis, mas, se cumprem papel de relevância dentro de seu ambiente entendo devam ser aperfeiçoadas e aprimoradas, mas não extintas, a menos que percam, de fato, seu sentido ou motivo de existir.

Nossa EBD terá hoje a apresentação dos cursos para o ano de 2016, como é costume se fazer aqui, dando aos membros da IPVM oportunidade de conhecerem algo do conteúdo a ser ministrado ao longo do ano, ensejando-lhes, assim, condições de optarem por aquele curso de seu interesse ou que melhor alcance suas necessidades ou expectativas.

A presença na EBD não é importante apenas para as crianças, como muitos pensam, mas é para todos, pois haverá sempre enriquecimento de nosso saber bíblico e teológico, além de prático e vivencial. É pena que tantos (mesmo oficiais) não valorizem a EBD, deixando de frequentar as classes regularmente, ficando em casa ou fora das salas, quando não têm função, em conversas paralelas, perdendo a oportunidade de aprender mais um pouco sobre a Palavra do Senhor. Ouça a exposição dos temas da EBD nesta manhã e escolha a sua classe para frequentar e participar em 2016. Esperamos a todos vocês. Participem.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 7 de fevereiro de 2016

“APOCALIPSISTAS” DE PLANTÃO

ANO LXXIII - Domingo, 07 de fevereiro de 2016 - Nº 3667

“APOCALIPSISTAS” DE PLANTÃO

Estamos vivendo um momento de certa efervescência em relação ao problema causado pela infestação do mosquito transmissor de algumas doenças, a saber, a dengue, shicungunya e zika. Doenças que se disseminam devido ao contágio por picada do mosquito portador dos vírus. São cerca de 123 países no mundo com a presença do mosquito e com manifestação de tais doenças. A proporção agora, no Brasil, começa a alcançar dimensões de epidemia e o crescimento e manifestações em outras partes do mundo (Europa) fazem com que as autoridades mundiais se coloquem em alerta e promovam medidas na tentativa de controlar ou conter tal avanço, como foi feito com o ebola.

Neste sentido, infelizmente, há os catastrofistas e apocalipsistas de plantão para verem em tais fatos o retorno iminente de Jesus à terra. Chegam quase a dizer “glória a Deus” por tudo isso. Alguns, por haver o foco de maior risco ser direcionado para as mulheres grávidas, não têm dúvidas em dizer tratar-se do que Jesus afirmou: “Ai das grávidas naqueles dias...” (Mateus 24:19) como se isso fosse algo ligado à profecia sobre a volta de Jesus.

Pragas, doenças e outros problemas fazem parte da história da humanidade desde os primitivos registros de sua existência. A palavra de Jesus é que haveria uma intensificação de tais condições em tempos que antecederiam sua volta, mas jamais afirmou que isso seria fator determinante para seu retorno. Além disso a afirmação relativa às grávidas não diz respeito à volta gloriosa de Jesus, mas ao cerco de Jerusalém e sua invasão no ano 70 pelas tropas romanas, que não respeitaram nem as grávidas, matando-as sem nenhum dó.

Portanto, evitemos imaginar que o desastre ambiental em Mariana, a proliferação do mosquito e o consequente crescimento de contaminação, os desequilíbrios no clima, entre outros, sejam fatores determinantes da volta de Jesus, ou elementos inspiradores de anunciarmos que “Jesus está voltando”. Não engane e nem se deixe enganar; tais fatos não são “presságios” deste glorioso e inigualável evento a ser visto na história da humanidade; a volta triunfal de Jesus Cristo. Jesus voltará. Estejamos preparados, mas não sejamos ignorantes acerca de tal evento. Busquemos a instrução pelas Escrituras para não sermos levados “de um lado para outro com qualquer vento de doutrinas” (Efésios 4:14).

Rev. Paulo Audebert Delage

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.