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domingo, 29 de novembro de 2015

A PAZ DE CRISTO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS

ANO LXXIII - Domingo, 29 de novembro de 2015 - Nº 3657

A PAZ DE CRISTO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS

As pessoas com algum tipo de deficiência formam um dos maiores grupos minoritários do mundo, com uma estimativa que excede os 600 milhões. A maioria delas vive nos países menos desenvolvidos e são as mais pobres entre as mais pobres. Apesar de a deficiência física ou mental fazer parte da sua experiência diária, a maioria é incapacitada por atitudes sociais, por injustiça ou pela falta de acesso a recursos. Servir às pessoas com deficiência não se limita a oferecer atendimento médico ou serviço social; envolve lutar ao seu lado, ao lado dos que lhe prestam cuidados e ao lado de suas famílias, por inclusão e igualdade, tanto na sociedade como na igreja. Deus nos chama para a justiça, a amizade, o respeito e o amor mútuos.

a) Vamos nos erguer como cristãos em todo o mundo para rejeitar estereótipos culturais, pois, como comentou o apóstolo Paulo, a ninguém mais consideremos do ponto de vista humano. Feitos à imagem de Deus, todos nós temos dons que Deus pode usar no seu serviço. Nós nos comprometemos a ministrar às pessoas com deficiências, e receber delas a ministração que elas têm para dar.

b) Nós incentivamos igrejas e líderes de missões a pensar não apenas em missões entre aqueles com deficiências, mas a reconhecer, afirmar e facilitar o chamado missionário de cristãos que possuam deficiências, como parte do Corpo de Cristo.

c) Nós nos entristecemos, pois tantas pessoas com deficiência ouvem que sua deficiência é resultante de pecado pessoal, falta de fé ou de relutância para ser curado. Nós negamos que a Bíblia ensine isso como uma verdade universal. Tal falso ensinamento é pastoralmente insensível e espiritualmente incapacitante; acrescenta o peso de culpa e de esperanças frustradas a outras barreiras que as pessoas com deficiência enfrentam.

d) Nós nos comprometemos a fazer das nossas igrejas locais de inclusão e igualdade para pessoas com deficiência e nos posicionar ao lado delas resistindo ao preconceito e advogando pelas suas necessidades na sociedade em geral.

Terceiro Congresso de Lausanne sobre Evangelização Mundial

domingo, 22 de novembro de 2015

HORRORES

ANO LXXIII - Domingo, 22 de novembro de 2015 - Nº 3656

HORRORES

Duas ocorrências nos atingiram estes últimos 15 dias, sendo uma delas aqui no Brasil (rompimento de barragem de mineradora) e outra em Paris (ataque terrorista), as quais nos deixaram abalados e profundamente impactados. Muitos se apressam a perguntar: Onde estava Deus nessa hora? Se existe; por que permite esse tipo de coisa? Se é bom; por que deixa que tais coisas ocorram? Na verdade se equivocam, pois o direcionamento da pergunta não deve ser para o alto, mas, sim, para o lado. Não se trata de algo “do céu”, mas da terra, do ser humano.

O atentado em Paris é fruto da hediondez humana, perpetrado por alguém que se move em nome de Deus e de uma fé absurda. Não é zelo; é loucura religiosa, é insanidade afogada em mistificação; é animalidade travestida de religiosidade. Deus não tem parte nisso. Indague do homem, ao homem, pois o que se fez é fruto exclusivo do coração e mente doentios de seres humanos (se podemos assim classificá-los). Não é Deus quem deve responder as perguntas, antes aos insanos cabe essa incumbência. Eles, e não Deus, têm nas mãos o sangue de dezenas de seres humanos bárbara e estupidamente assassinados em nome de zelo doentio e louco, a que chamam fé.

O desastre ocorrido em Mariana (MG) com danos incalculáveis na esfera do meio ambiente e, muito pior, em termos de vidas humanas também não deve ser imputado ou creditado a Deus. Mais uma vez está a mão nefasta do ser humano. O que se viu ali é o fruto da ganância plantada no coração humano. O lucro cada vez maior a custo cada vez menor, porém, com custos (não pecuniários) inimagináveis em suas consequências deletérias e criminosas. Foi o ser humano, e não Deus, o responsável por tal ocorrência. Deus tem “costas largas” (longânimo), mas não se deve lançar sobre Ele o que a Ele não é devido. A mineradora (com suas cabeças que não aparecem) é a responsável e não Deus.

Se tais ocorrências se verificaram não é por ação de Deus ou determinação DEle, apenas permite que o homem se expresse em sua liberdade e exerça (sem a restrição DEle por sua graça comum) sua autodeterminação, manifestando o pecado (maldade) presente nas entranhas de nosso ser. Horrores não de Deus e nem por Deus, mas de homens e por homens contra seus iguais. Misericórdia!

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 15 de novembro de 2015

CASA FIRME

ANO LXXIII - Domingo, 15 de novembro de 2015 - Nº 3655

CASA FIRME
[...] pois, de fato, o Senhor te fará casa firme [...]” (I Samuel 25:28).

O texto citado acima se refere ao encontro de Abigail com Davi, quando ela impede que houvesse a morte de seu marido Nabal e muitos de seus empregados por Davi e seus homens nas regiões do Carmelo.

O texto não diz respeito à profecia ou promessa do Senhor a Davi sobre o “trono de Israel”, o qual seria mantido para sempre com descendente de Davi, tendo seu cumprimento em Cristo, como descendente da Cada de Davi e sendo o Rei de Israel em sentido espiritual e eterno. A afirmação não tem, portanto, caráter profético como promessa do Senhor, mas, apenas uma expressão de desejo por parte de Abigail e expressando desculpas pela atitude impensada do marido.

Ao lermos a expressão, parece tratar-se de uma afirmação divina para a família de Davi, no sentido de ser ela (família) inabalável ou de firmeza jamais atingida, caminhando e existindo sem qualquer forma de abalo ou derrocada. Mesmo que haja até igrejas com esse nome (“Casa firme”), o texto não oferece base para sustentar a ideia da intangibilidade ou inatingibilidade da família do rei Davi. Prova disso é que se tal fosse a ideia, a profecia teria caído no vazio sem se cumprir pelo fato de que a família de Davi foi um acúmulo de abalos e até ruínas. Vejamos: Incesto de Amnon com Tamar. Morte de Amnon por Absalão. Rebelião de Absalão contra seu pai Davi, levando à deposição do trono, fuga e exílio por parte de Davi. Intriga entre Adonias e Salomão com relação à sucessão. Eliminação e morte de Adonias por Salomão para garantia de permanência no trono. Se “casa firme” significa que os filhos seriam servos fiéis e não haveria distúrbios, então é uma grande mentira.

Claro que precisamos ter “Casa Firme” e devemos buscar alicerçá-la na Rocha Eterna, Cristo Jesus, mas não pensarmos que tal fato significa isenção de aflições, lutas, angústias e problemas. A responsabilidade é dos pais em fazer os filhos andarem no caminho do Senhor, orar com e por eles e dar-lhes exemplo de vida cristã piedosa, nutrindo no seio do lar a vida espiritual profunda em harmonia com a vida fora das paredes da casa, sem dicotomia e hipocrisia: “um dentro de casa e outro fora dela”. Se vocês (pai e mãe) cumpriram com fidelidade os votos feitos ao apresentarem os filhos ao batismo, se vocês foram exemplos de vida cristã sem falsidade, duplicidade ou hipocrisia, não devem se “culpar”, penalizar ou recriminar, pois não será requerido de vocês o que é devido por seus filhos. Continuemos orando e perseverando no Senhor para que nos seja dada “casa firme”.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 8 de novembro de 2015

DAVI E AS CINCO PEDRAS

ANO LXXIII - Domingo, 08 de novembro de 2015 - Nº 3654

DAVI E AS CINCO PEDRAS

“[...] Davi escolheu para si cinco pedras lisas do ribeiro [...].”

A passagem citada acima nos apresenta o momento anterior ao encontro do jovem pastor de ovelhas Davi com o forte e robusto guerreiro Golias, medindo seus 2 metros e 20 centímetros de altura aproximadamente, com sua armadura de quase setenta quilos e a ponta da lança pesando perto de 3 quilos. A desproporção é imensa e o desequilíbrio evidente e constrangedor. Mas, o jovem se dispôs a enfrentar o duelista filisteu.

A pergunta que me faço (e já a fiz algumas vezes) é o motivo de Davi haver tomado para si 5 (cinco) pedras bem escolhidas e levar consigo para aquele embate. Se ele tinha consciência (e fé) que Javé, o Senhor dos exércitos, lhe daria a vitória sobre aquele imenso guerreiro, por que motivo levou cinco pedras e não apenas uma? Uma única pedra seria suficiente (como foi) para derrubar o “gigante”, pois não seria a pedra (ou armas de Davi), mas o Senhor que derrubaria aquele combatente arrogante. Faltou fé em Davi e por isso levou mais de uma? Na verdade; não sei. Não há explicação do motivo pelo qual ele agiu desta forma. O registro é feito com objetividade e concisão, sem dar explicação alguma sobre tal atitude.

Em termos devocionais (já não sei quantas vezes li esta passagem) penso na proposta da previdência. Não se diz que Deus havia dito a Davi para pegar apenas uma pedra, tendo ele, por incredulidade, apanhado cinco. Davi não desobedeceu ao Senhor, nem demonstrou incredulidade; apenas foi previdente, embora confiante. Ele disse: “Hoje mesmo o Senhor te entregará na minha mão” com convicção da ação de Deus em abater o combatente filisteu. Mas, previdentemente tomou para si mais de uma pedra, pois havia o escudeiro do desafiante, poderia haver algum problema e ele (Davi) errar a primeira pedrada, ou não ser ela suficiente para derrubar alguém de tão avantajado físico. Assim, o que leio é a boa lição da previdência pela qual devo tomar cuidados próprios e adequados para não gerar uma situação de “tentar a Deus” com atos descabidos e inconsequentes. É preciso “reforçar as trancas das portas” muitas vezes, embora saibamos que se “o Senhor não guardar a cidade em vão vigia a sentinela”. Em tempos de crise (como enfrentado por Davi) a confiança no Senhor deve estar aliada à nossa previdência sem tomarmos atitudes impróprias e inadequadas, baseados apenas na premissa de que “Deus toma conta”. Leve cinco pedras, mesmo que precise usar, no momento, apenas uma.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 1 de novembro de 2015

LEMBRANÇAS E SAUDADES

ANO LXXIII - Domingo, 01 de novembro de 2015 - Nº 3653

LEMBRANÇAS E SAUDADES

Mais uma vez se avizinha o feriado chamado de “Finados” devido à lembrança com relação aos mortos e as homenagens que lhes são prestadas. Os cemitérios ficam cheios de parentes daqueles que ali estão sepultados. As floriculturas e vendedores ambulantes faturam bastante na exploração de tal sentimento com a venda de flores; igrejas se mobilizam para levar folhetos (alguns de conteúdo questionável no contexto) de caráter ou de expressão de consolo e alento e distribuí-los entre os que ali se encontram homenageando seus mortos.

Claro que os sentimentos ali manifestos são de tristeza pela perda e de saudade pela ausência, com mescla de lembranças boas e agradáveis dos momentos que viveram juntos com alegria e paz, desfrutando da companhia uns dos outros. Agora os vínculos são mantidos apenas na memória e na esfera da recordação, visto que a presença física se torna impossível pela imposição feita pela atuação inexorável da morte, trazendo consigo o peso esmagador do sentimento de saudade e tristeza por não mais estarem aqui.

Não sou muito dado a fazer isso, confesso. Tenho meus pais já falecidos, sogro e sogra, uma de minhas irmãs recentemente falecida e outros familiares (não tão próximos) na mesma situação, mas não os “visito” nas necrópoles onde estão sepultados. Minha homenagem lhes é prestada no recesso do coração. Pude tratá-los com carinho, amor e apreço durante a vida, e agora já não podem mais receber flores (poderiam enquanto vivos – isso foi feito?) ou qualquer outra forma de homenagem da qual participem e a qual possam efetivamente responder. Não deixem para oferecer flores a seus familiares depois que morrerem no “Dia de Finados”, façam isso durante o “Dia dos Viventes”, que é hoje; nesse tempo em que estão juntos, caminhando lado a lado, sofrendo as dificuldades juntos, experimentando as alegrias juntos, assentados juntos para desfrutar das refeições. Agora é tempo e é hora de celebrar junto deles e com eles, já depois (no “Dia de Finados”) só haverá lembranças e saudades.

Rev. Paulo Audebert Delage

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.