PESQUISAR ESTE BLOG

domingo, 25 de outubro de 2015

LUTA CONSTANTE

ANO LXXIII - Domingo, 25 de outubro de 2015 - Nº 3652

LUTA CONSTANTE

“[...] cansados, mas ainda lutando.” (Juízes 8: 4).

O texto acima se refere à ação de Gideão e seus 300 combatentes nos tempos dos juízes de Israel. Dias confusos aqueles, quando as pessoas faziam o que julgavam melhor e isso gerou anarquia e desordem (21:25). Tal circunstância acabou por fazer brotar a necessidade de reformas profundas e radicais na vida do povo de Israel, vindo a ser estabelecida a monarquia com objetivo de resolver o problema. Mas, a questão não era política ou administrativa; era de caráter espiritual. Coração endurecido, cerviz dura e falta de temor ao Senhor, desviando-se da presença e dos preceitos de Deus expressos em sua palavra. Assim, podemos ver nas Escrituras que a sequência na história de Israel foi feita de reformas de cunho espiritual, as quais alcançaram as esferas políticas, sociais e administrativas.

No século XVI ocorreu (dia 31 de outubro) a eclosão do movimento reformista religioso, conhecido como Reforma Protestante. A história não era muito diferente da dos dias de Israel no passado. Embora tivessem conhecimento da vontade revelada de Deus em Sua Palavra, o povo se afastou dos ensinos das Escrituras e a vida tornou-se dissoluta e a religiosidade supersticiosa e formal, distanciada dos ideais cristãos estabelecidos pelo Senhor Jesus.

Esse movimento (não perfeito e nem de perfeição) visou reformar a estrutura religiosa de então, fazendo voltar aos ensinos da Bíblia e simplicidade da fé cristã, com dependência exclusiva da fé em Cristo e em seu sacrifício para a salvação da pessoa e transformação moral da vida. Tal proposta atingia frontalmente o “status quo” religioso de então, sendo a reação ao movimento violenta e virulenta. Apesar disso “[...] cansados, mas ainda lutando” os reformadores seguiram em frente em seu propósito de restaurar a Igreja.

Seu legado nos foi passado. Infelizmente no berço deste movimento (Europa) pode-se ver hoje uma necessidade de nova Reforma, trazendo o povo de novo à fé em Cristo e vida de conformidade com as Escrituras, uma vez que o secularismo e a indiferença assumiram os corações e dominaram as mentes em sua grande maioria. E entre nós? Temos crescido, mas e a qualidade, o impacto social positivo, e as mudanças estruturais da sociedade? Talvez estejamos um pouco cansados. É possível, mas é imperativo que mesmo cansados, ainda continuemos lutando. Filhos e herdeiros da fé reformada que somos não podemos desanimar. Sigamos em frente levantando bem alto o “pendão real” de nosso Salvador, Senhor e Deus; apesar de cansados, mas ainda lutando.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 18 de outubro de 2015

NÃO OUVIR CONSELHOS

ANO LXXIII - Domingo, 18 de outubro de 2015 - Nº 3651

NÃO OUVIR CONSELHOS
“[...] e não pediram conselho ao Senhor.” (Josué 9: 14).

Cresci no interior de Minas Gerais ouvindo essa afirmativa: “Quem não ouve conselho; ouve coitado”. Custei um pouco a entender o sentido (era muito novo) e a frase não tinha muito significado para mim. Mas, amadurecendo um pouco entendi claramente. Se você recusa a orientação adequada e sábia, certamente ouvirá um lamento mais tarde.

O texto extraído do livro atribuído a Josué nos fala da experiência do povo de Israel logo no início da conquista da terra de Canaã, quando os israelitas foram ludibriados ou iludidos pelos gibeonitas em um estratagema destes últimos, para verem-se livres da ação destruidora dos exércitos de Israel. A simulação foi feita e os israelitas foram enganados. Qual o motivo de tal fracasso? Não pediram conselho ao Senhor.

Claro; os nossos tempos são diferentes daqueles da conquista de Canaã. Mas, devemos ter o cuidado para não fracassarmos como o povo de Israel naqueles dias. Devemos buscar o conselho do Senhor, ouvir sua voz e orientação e acatá-los. Hoje o Senhor já não nos fala diretamente (de forma costumeira), mas usa Sua Palavra para nos orientar. O grande problema é que não queremos dar-lhe ouvidos, não buscamos escutar dali seus conselhos e o resultado é trágico. O Senhor nos orienta e nos aconselha por meio de circunstâncias e pessoas fiéis, dando-nos sinalização de seu querer e melhor vontade para nós. Novamente preferimos não ouvir e julgar que somos muito mais sábios e hábeis. Na maioria das vezes nos damos mal. A Bíblia afirma que na “multidão de conselheiros há segurança...” (Pv.11:14), sendo sábio de nossa parte dar-lhes ouvido. Evidente que não se trata de qualquer conselho ou conselheiro, mas em consonância com as Escrituras Sagradas cristãs, isto é, de conformidade com os princípios estabelecidos por Deus em Sua Palavra escrita.

Não seja como os israelitas no passado que deixaram de ouvir o conselho do Senhor, por julgarem-se autossuficientes em sua “análise da situação”, colhendo, por isso, fruto tão triste. Ouça o Senhor e seus conselhos, escute o Senhor pela Sua Palavra acertando com a vontade de Deus que é “boa, perfeita e agradável” (Romanos 12: 2), ou ouvirá mais tarde: “coitado”.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 11 de outubro de 2015

DIA DAS CRIANÇAS


ANO LXXIII - Domingo, 11 de outubro de 2015 - Nº 3650

DIA DAS CRIANÇAS

Amanhã teremos a comemoração do Dia das Crianças, data tão esperada pelas crianças (claro), mas, também, pelos comerciantes que uma vez mais promovem, à custa das emoções e sentimentos dos adultos, um verdadeiro festival de exploração de tal filão em seu segmento de mercado. Enfim, é a roda da Fortuna girando.

Ocupou parte dos noticiários no Brasil (e no mundo) certa ocorrência nos Estados Unidos da América do Norte, envolvendo duas crianças, um menino de onze anos e uma menina de oito, tendo aquele disparado friamente com uma carabina contra a menina, matando-a com tiro no peito. Não foi acidente, foi intencional. Ficamos chocados com isso. Perguntamo-nos como pode acontecer algo desse porte? O acesso tão fácil a arma de fogo por uma criança; a irresponsabilidade do pai em deixar ao alcance de um menino arma tão letal; a ação tão violenta de uma criança pelo fato de lhe ter sido negado ver (brincar) o cachorro de propriedade da menina. Ficamos a questionar que isso não acontece só no Brasil; violência praticada por e contra a criança. Claro que não. Essa é, em certo modo, manifestação da natureza humana decaída. Os dois não irão mais celebrar ou se alegrar no Dia das Crianças. A menina está morta, o garoto será julgado por assassinato e, talvez, pegue mais de 30 anos de prisão.

Por aqui penso que as crianças brasileiras merecem bem mais do que meros brinquedos que se estragam e se deterioram pelo uso e pelo tempo. Mais do que tais “mimos” elas necessitam (no recesso do lar) presença significativa dos pais com carinho, afeto e cuidado. Mais do que meros artefatos (alegram e têm sua importância) necessitam que o Estado cumpra seu papel constitucional e institucional promovendo-lhes educação, saúde, lazer e segurança com qualidade, permitindo-lhes vivência equânime de oportunidades, com garantias mínimas de respeito à vida e à cidadania. Nesse Dia das Crianças meu desejo é que as famílias possam oferecer às crianças o presente mais significativo que é o coração, o amor; enquanto o Estado deixe de malversar o erário, dilapidando, em projetos pessoais e de poder, o dinheiro público arrecadado a custo de muito empenho e trabalho do povo brasileiro. Espero que tenhamos no Brasil o Dia das Crianças cada vez mais feliz e mesmo triste com milhões de crianças abandonadas à miséria e ao descaso nesse Brasil. Deus tenha misericórdia.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 4 de outubro de 2015

CRISE E MISSÕES

ANO LXXIII - Domingo, 04 de outubro de 2015 - Nº 3649

CRISE E MISSÕES

O povo brasileiro está dentro de uma grande turbulência de caráter político, econômico e financeiro, a qual alguns insistiram em chamar (faz algum tempo) de “marolinha”. Pois é, essa “marola” tornou-se um vagalhão e tem trazido muita dificuldade a todos nós, seja de uma forma ou de outra, quer por perder o emprego, diminuir os ganhos ou mesmo operar no vermelho, a diminuição de clientes e do poder de compra, inflação gerando aumento de preços, enfim, um turbilhão tremendo.

Essa crise (alguns dizem que crise é bom, pois gera abertura para empreendimentos, exercita a criatividade, etc. Será?) não é uma realidade a atingir apenas a nós que estamos aqui no Brasil, mas tem, também, atingido, em cheio, nossos missionários que atuam fora de nossas fronteiras, sobretudo os que têm alguma vinculação com a flutuação do câmbio, ou o preço do dólar. Desde o início do ano até agora houve uma situação de perda de 45% do valor de sustento em média. Isso por alguns fatores: primeiro pelo fato do valor em si, ou seja, o valor do dólar frente ao real subiu esse tanto, o que faz com que os missionários que tinham suas ofertas em reais convertidas em dólares sofram tal perda. O segundo ocorre devido aos mantenedores. Arrochados pelos apertos vividos aqui, diminuem ou param de contribuir com o missionário, o que faz minguar ainda mais seu sustento nos campos. Isso gera uma situação em que alguns já têm deixado o campo e voltado ao Brasil; outros suportam as dificuldades, mas apelam para que os mantenedores não diminuam ou interrompam as contribuições e suportam as necessidades.

Muitas vezes não percebemos que esses movimentos aqui em nosso país atingem de forma direta nossos irmãos nos campos missionários. Nossa tendência em momentos como os vividos atualmente no Brasil é interrompermos nosso investimento no Reino de Deus. Os cortes não são relativos ao nosso conforto e comodidade, mas ao reino de Deus. A Igreja também corre esse risco. Talvez precisemos diminuir um pouco nossas comodidades, a fim de continuarmos dando suporte e sustento aos nossos missionários, sobretudo fora do Brasil na divulgação do Evangelho e expansão do reino dos Céus. O tempo é de economia, cortes e restrições, mas não deixemos de investir no melhor segmento, ou seja, o Reino de Deus, onde a traça não come, a ferrugem não corrói e os ladrões não roubam.

Rev. Paulo Audebert Delage

TWITTER

ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.