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domingo, 29 de junho de 2014

REPERCUSSÃO

ANO LXXII - Domingo, 29 de junho de 2014 - Nº 3583

REPERCUSSÃO

Faz poucos dias que Danilo Gentilli levou ao ar a entrevista com Caio Fábio de Araújo Filho, figura que teve grande destaque no meio evangélico brasileiro nos anos 80 e 90, com a VINDE, Fábrica de Esperança e suas cruzadas e congressos, mobilizando milhares de evangélicos. Figura carismática e possuidor de uma profunda facilidade de expressão, com raciocínio rápido e brilhante, cativava por sua oratória e seu carisma. Infelizmente envolveu-se em uma situação de relação sexual indevida e acabou por divorciar-se, casando-se com outra pessoa que não aquela com a qual havia se envolvido. Houve uma situação de abalo à sua figura, agravado pelo suposto envolvimento com um “dossiê” (esfera política) implicando políticos e dinheiro. Infelizmente foi um tempo de queda e abatimento. Desaparece a VINDE, fecha-se a Fábrica de Esperança, e a Igreja se posiciona com ação disciplinar, como faria a qualquer faltoso, mas sem “pisar a cana quebrada”. 

Na referida entrevista (com grande repercussão) Caio Fábio reaparece em mídia nacional (depois de lutas com Malafaia, Edir Macedo e outros) e, a seu modo crítico e verborrágico, dispara sua metralhadora contra a Igreja Evangélica, não poupando a instituição e derrubando toda sua estrutura como sendo hipócrita e fingida. Entendo haver certa razão em suas declarações quanto à mercantilização do sagrado (como temos visto), a promoção pessoal à base da proposta de milagres e outros aspectos embaraçadores dos que assumem a fé cristã bíblica. No entanto, não me parece adequado queira sentir-se injustiçado, ou alvo da “intolerância” religiosa pela reação manifesta devido aos atos por ele cometidos. Houve a disciplina e ele não se submeteu a ela e aos que a aplicaram. A ruptura foi inevitável. Ele não estava acima das normas e diretrizes aplicáveis a todos nós.

A situação de seu coração (interior) não me cabe discutir e não o faço. Porém entendo que seja mais produtivo anunciar o Evangelho da graça redentora em Cristo Jesus, que ficar se digladiando na mídia com outros líderes religiosos em termos pessoais; proclamar a salvação em Jesus que ficar apenas criticando acerbamente a Igreja, como se os que nela estão e nela permanecem sejam como “amebas”, isto é, “sem cérebros”. Seja ele canal da graça, voz profética, mas, também, manancial de exemplo de respeito e consideração para com o outro, cumprindo a “Lei” de Cristo e sofrendo o “dano” se necessário for (I Co. 6:7). O Senhor o abençoe e também a nós.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 22 de junho de 2014

VESTES ALVAS

ANO LXXII - Domingo, 22 de junho de 2014 - Nº 3582

VESTES ALVAS
“Em todo tempo sejam alvas as tuas vestes” (Eclesiastes 9:8)

Este é um preceito ou mandamento que encerra uma profunda e significativa carga de compromisso moral e ético. Mesmo no livro de Eclesiastes com seus momentos de acidez, secularismo e quase escárnio, há aspectos de manifesto compromisso com os valores mais elevados e sublimes do Reino de Deus. O livro termina dizendo “teme a Deus, guarda os mandamentos... Deus há de trazer a juízo todas as obras...” (Ec 12: 13 e 14).  Sua ênfase é que mesmo em ambiente secular e mundano, as coisas não passam de vaidade e o que de fato tem valor é o temor a Deus.

A figura usada para as vestes alvas ou puras está presente em muitos lugares na Bíblia. Seu sentido é simples, claro e objetivo, ou seja, devo ter minha vida sem qualquer tipo de mancha ou nódoa, com conduta irrepreensível diante dos homens e, sobretudo, diante do Senhor do Universo. No texto citado há um aspecto muito relevante não apenas com as vestes alvas, mas com o ponto relativo ao tempo da alvura. Não se pode estar contente com alguma alvura, por algum ou certo tempo. Deve-se buscar a alvura toda, durante todo o tempo. Assim não podemos ter um comportamento aos olhos das pessoas e outro longe delas. Não há lugar para a duplicidade de vida ou conduta. 

“Isso não passa de um mero ideal”, poderá alguém alegar em relação ao ensino do Pregador. Não há dúvida de que seja um ideal, mas tal fato não é motivo para meu desestímulo ou desânimo. O apóstolo Paulo diz que não havia alcançado a perfeição, mas prosseguia para ela, na certeza de que em Cristo já havia sido conquistado para tal perfeição. (Fp. 3: 12-16). O Senhor mostra que nosso ideal não deve ser menor do que “sede santos, porque eu sou santo.” (I Pe.1:16). A alvura de nossas vestes se efetiva pela entrega de nossa vida a Jesus, recebendo-O como nosso único Salvador e Senhor, mediante a purificação operada em nós pelo sangue que Ele derramou na cruz em nosso lugar e a nosso favor.  Não macule as vestes que você tem recebido de Jesus. Tenha-as, em todo o tempo, limpas, puras e alvas, para glória, honra e louvor do Senhor nosso Deus. Amém.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 15 de junho de 2014

LEGADO OU LOGRADO?

ANO LXXII - Domingo, 15 de junho de 2014 - Nº 3581

LEGADO OU LOGRADO?

Temos ouvido muito, nestes últimos dias, sobre legado. Ao se questionar o uso de cerca de R$ 8,5 bilhões para ajustes, reformas e edificações para a realização da Copa FIFA de futebol, o que se ouve é que ficará um legado muito grande da copa para o Brasil. Não há dúvidas de que algumas obras ficarão, de que muita gente foi beneficiada e enriqueceu (portanto haverá legado para os descendentes de tais pessoas), mas, efetivamente o que nos restará? Caso a equipe brasileira seja campeã haverá um legado grandioso? Qual? A de que o único país com seis conquistas mundiais no futebol é o Brasil? Gostaria que houvesse outro tipo de legado, ou seja, uma herança frutífera na educação com qualidade, um legado na saúde com excelência no atendimento à população com o Estado cumprindo seu dever, um lastro verdadeiro no saneamento básico em nossas cidades, um benefício efetivo e duradouro em relação a medidas para resolver o problema da seca no nordeste, uma herança abençoada para gerar a extirpação do cancro cultural da corrupção na política e outras áreas de nosso país. Esse é o legado desejado, esperado, almejado e ansiado por cidadãos e cidadãs brasileiros que trabalham honesta e duramente para o progresso dessa Nação. Um legado próprio que promova o desenvolvimento e leve ao trabalho, e não a medidas geradoras de dependentes e aproveitadores incentivados à desídia, preguiça e inoperância por meio de “vales e bolsas” nas mais diferentes áreas.

Parece-me que essa colocação de “legado” é, de fato, algo que nos leva à ideia de sermos logrados. O engano a que se quer submeter a população é muito grande. O logro é evidente, pois os gastos com a realização deste campeonato de futebol são imensos, os prejuízos serão enormes aos cofres públicos, as dívidas serão pesadas ao Estado e o erário terá que arcar com todas elas e isso, às nossas custas, pois são os tributos e impostos que deverão cobrir o “rombo”. Mas, há benefícios econômicos para a indústria, o comércio e o setor de serviços, dirão alguns. Não se nega tal fato. Mas, o logro é dizer que isso é maior que os gastos e prejuízos. Quem leva a vantagem absurdamente grande nesse evento é a iniciativa privada capitaneada pela organização internacional chamada FIFA. Ela, sim, é a grande beneficiada em todo este empreendimento. Verifiquem quanto ela “investiu” e quanto está obtendo de retorno (lucro)? Para nós, brasileiros, o legado significa, de fato, que fomos logrados, mas, ainda assim, vamos celebrar, vibrar e comemorar, porque afinal de contas, nesse país, é pizza ou carnaval. Acorda Brasil.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 8 de junho de 2014

FÁBULAS E CRENDICES

ANO LXXII - Domingo 08 de junho de 2014 - Nº 3580

FÁBULAS E CRENDICES
Mas não tenha nada a ver com as lendas pagãs e tolas” (I Tm 4:7 NTLH).

O texto acima foi escrito por Paulo há quase dois mil anos e tem força impactante ainda hoje. Já naqueles dias e contexto o apóstolo advertia com relação a costumes, crenças e práticas envoltas em aspectos de lendas e superstições grosseiras, rudimentares e pagãs. A palavra empregada para lendas (fábulas - na versão atualizada) é “mitos”, ou seja, algo destituído de caráter verdadeiro demonstrável ou comprovável e fruto da mera crença do vulgo na tentativa de explicar algum fenômeno.

Pois bem, somos um país onde grassam as superstições e manifestações de palavras ou atitudes “mágicas” em relação ao mundo não visível ou espiritual. Fomos contemplados, na semana passada com demonstrações (por mais de uma vez) grosseiras de superstição e crendices pagãs, ao vermos a Chefe (chefa?) do Executivo de nosso país “bater na madeira” algumas vezes. Tal costume é oriundo de superstição ligada aos celtas e “exportado” para outros povos que viam nas árvores (madeira) o “lugar de morada dos deuses ou espíritos”. Assim, quando entravam em alguma floresta batiam na madeira para despertar os deuses a seu favor e ou afugentar os maus espíritos.

O exemplo dado no mais alto escalão de nosso governo é triste, lamentável, vergonhoso e vexatório. Estamos à mercê de crendices, fábulas e superstições, como se palavras ou certos gestos pudessem resolver os problemas por “manipular” a sorte ou a “inclinação dos deuses”. É a ideia de que se pode manipular tudo, arranjar tudo, até mesmo com os deuses, desde que seja feito de maneira certa ou adequada, tornando a divindade cativa ao meu comando. O que se faz no universo da política sendo aplicado ao do espírito.

Sinto-me como se estivesse em um país conduzido pela crença do vodu, ou do animismo mais rudimentar de tribos primitivas. Como alguém que se diz instruída e que, com certeza, tem a formação universitária (mestrado - verdade?) e professante de uma fé de tradição cristã (católica romana) se presta a uma atitude como tal? Tal conduta de “bater na madeira” é como admitir “fábulas de velhas caducas”, superstições e crendices pagãs. Cada pessoa tem o direito de crer como quiser, mas deve ser coerente, sem manter um verniz de cristianismo com o cerne repleto de paganismo. Oremos para que o Senhor livre de tais práticas e crendices o nosso País.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 1 de junho de 2014

LIVRES

ANO LXXII - Domingo, 01 de junho de 2014 - Nº 3579

LIVRES
Quebrou-se o laço do passarinheiro e nós ficamos livres” (Salmo 124:7)

Fui criança no interior de Minas Gerais. Pratiquei muitas “artes” e traquinagens, aventuras e peripécias. Quando leio este trecho do salmo 124 fico pensando em meus tempos de antanho quando era “pegador de passarinho”. Não me lembro de usar o laço, mas usei o visgo (cola no galho de árvore para prender o pássaro), a arapuca com comida embaixo dela para atrair as aves e fazê-la desabar prendendo a todos, ou o alçapão (armadilha ao lado da gaiola com um pássaro canoro que atrai seu companheiro) com alpiste dentro e quando o pássaro pulava para comer ficava cativo. Capacidade humana para caçar, prender e abater.

Não é só o ser humano que tem essa capacidade excepcional para preparar as armadilhas, os laços e arapucas. O “passarinheiro” de almas é por demais ardiloso e tem capacidade sutil e lesiva de nos envolver e cativar. Suas técnicas incluem o engodo, a dissimulação, a rapacidade entre outros aspectos mais agressivos e rudes. Mas, preferencialmente, ele usa elementos que não são facilmente identificáveis com algo nocivo, ruim ou repulsivo. Ele é hábil sedutor, esmerado enganador e ardiloso envolvente em sua forma de agir no propósito de pear e laçar nossas almas. Parece nos auxiliar (como a comida na arapuca e no alçapão), nos querer dar boa coisa, nos proporcionar algum prazer legítimo, mas seu propósito é aprisionar, prender e levar ao cativeiro e morte. Há milhões e milhões que estão presos nos laços do passarinheiro. Alguns sabem que estão em tal condição e sentem sua miséria e desgraça.

Outros há que não percebem tal situação, pois estão como que “institucionalizados” em suas prisões e não se dão conta de serem cativos do passarinheiro. Seja para estes ou para aqueles a Palavra de Deus afirma que todos estão presos, cativos, condenados à morte e a sofrimento eterno. A mesma Palavra anuncia esta boa nova de que o laço do passarinheiro pode ser quebrado e a alma libertada; o laço e o cativeiro de Satanás podem e são quebrados pela graça poderosa de Deus revelada em Cristo Jesus. Se você está no laço do Diabo, lhe soa esta boa notícia: Jesus quebra tal laço e lhe dá libertação. Se você já é livre em Cristo, anuncie e apresente esta portentosa Graça que rompe as cadeias e quebra os laços de morte que a tantos tem mantido cativos. Livres do laço do passarinheiro por meio da graça de Deus em Cristo. Aleluia.

Rev. Paulo Audebert Delage

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.