ANO LXXII - Domingo 21 de dezembro de 2014 - Nº 3608
VISÕES DISTINTAS SOBRE O NATAL
VISÕES DISTINTAS SOBRE O NATAL
Muitos imaginam e pensam que as pessoas devem ter a mesma percepção, entendimento e forma de encarar o Natal. Isso não é verdade. Pessoas veem o Natal de modos diferentes. Evidente, no entanto, é o fato de haver o que se pode chamar de “núcleo comum” para os que são cristãos, a saber: o nascimento de Jesus, havendo o Verbo (Filho) de Deus se encarnado. Mas, mesmo os cristãos podem “ver” o Natal sob aspectos distintos, sem que seja manifestação de maior ou menor piedade ou fidelidade a Deus.
Provo o que digo acima com as narrativas às quais chamamos evangelhos e estão registradas no Novo Testamento. Enquanto Mateus, que escreve aos judeus (principalmente), tem seu interesse em registrar a genealogia de Jesus, fazendo-O ligar-se à Casa de Davi, não registra sequer um cântico em sua narrativa. Já Lucas, ao escrever para gentios (gregos preferencialmente), registra, além da genealogia, vários cânticos manifestos pelos homens ou anjos (como as odes gregas), seja sobre o precursor de Jesus, ou sobre o próprio Jesus. Por outro lado muitos acham chocante a forma de Marcos tratar (ou melhor - não tratar) o assunto, não lhe dedicando uma única linha em seu registro. Para muitos Marcos é, por causa disso, visto com certo desdouro ou desprestígio. Mas, seu ponto de vista era a escrita para os romanos, que não têm interesse em genealogias, em longas explanações, mas são práticos, objetivos e diretos. O fato de não escrever sobre o nascimento de Jesus não significa não vê-lo como importante. Em João não se acha, também, registro sobre os acontecimentos ligados ao nascimento de Jesus. Seu Natal é de concepção teológica e a formulação que faz no preâmbulo de seu escrito é eminentemente e profundamente teológica, de tal modo, que ao lermos ficamos com certa dificuldade em entender palavras e expressões por ele usadas. Seu intento era o de afastar a heresia sobre a não humanidade e a não divindade de Jesus, o Cristo.
É tempo de se celebrar o Natal e dizer como os anjos: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra entre os homens”. Louvamos a Deus pelo nascimento do “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” e com sua vida, morte e ressurreição realiza a obra de nossa redenção. Ainda que pessoas possam de modos distintos se relacionar com esse fato e essa data, para nós é Natal, tempo de adoração, portanto, bendito seja o nome do Senhor. Jesus nasceu. Aleluia.
Provo o que digo acima com as narrativas às quais chamamos evangelhos e estão registradas no Novo Testamento. Enquanto Mateus, que escreve aos judeus (principalmente), tem seu interesse em registrar a genealogia de Jesus, fazendo-O ligar-se à Casa de Davi, não registra sequer um cântico em sua narrativa. Já Lucas, ao escrever para gentios (gregos preferencialmente), registra, além da genealogia, vários cânticos manifestos pelos homens ou anjos (como as odes gregas), seja sobre o precursor de Jesus, ou sobre o próprio Jesus. Por outro lado muitos acham chocante a forma de Marcos tratar (ou melhor - não tratar) o assunto, não lhe dedicando uma única linha em seu registro. Para muitos Marcos é, por causa disso, visto com certo desdouro ou desprestígio. Mas, seu ponto de vista era a escrita para os romanos, que não têm interesse em genealogias, em longas explanações, mas são práticos, objetivos e diretos. O fato de não escrever sobre o nascimento de Jesus não significa não vê-lo como importante. Em João não se acha, também, registro sobre os acontecimentos ligados ao nascimento de Jesus. Seu Natal é de concepção teológica e a formulação que faz no preâmbulo de seu escrito é eminentemente e profundamente teológica, de tal modo, que ao lermos ficamos com certa dificuldade em entender palavras e expressões por ele usadas. Seu intento era o de afastar a heresia sobre a não humanidade e a não divindade de Jesus, o Cristo.
É tempo de se celebrar o Natal e dizer como os anjos: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra entre os homens”. Louvamos a Deus pelo nascimento do “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” e com sua vida, morte e ressurreição realiza a obra de nossa redenção. Ainda que pessoas possam de modos distintos se relacionar com esse fato e essa data, para nós é Natal, tempo de adoração, portanto, bendito seja o nome do Senhor. Jesus nasceu. Aleluia.
Rev. Paulo Audebert Delage
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