ANO LXX - Domingo 19 de maio de 2013 - Nº 3525
A PAZ NA CIDADE
Este é um desejo cada vez mais presente no coração de quem vive na cidade, sobretudo nas grandes cidades. O profeta Isaías já nos falava sobre isso ao dizer: “Procurai a paz da cidade, para onde vos desterrei, e orai por ela ao Senhor; porque na sua paz tereis paz” (Isaías 29:7). Algo atualíssimo e que nos atinge diretamente.
O profeta não fala de uma cidade na qual as pessoas haviam escolhido viver, mas uma para a qual foram desterrados. Estavam na condição de desterro ou exílio. O sentimento natural era de amaldiçoar e improperar tal lugar, mas a direção de Deus foi para que fizessem duas coisas básicas, mas essenciais em relação à cidade: trabalhar, ou seja, agir para que houvesse paz e orasse com o mesmo motivo ou propósito.
A exortação continua valendo e com igual força de aplicação. As mesmas duas posturas continuam a ser requeridas de nós. Procurar a paz significa que eu devo agir gerando a paz. Meus atos e comportamento têm que ser deflagradores de uma nova ordem, não podendo ser geradores de aumento da tensão ou conflito. Orar (não pela paz) pela cidade na qual nós estamos é outra atitude. Não nos damos conta do valor e potencial de tal postura requerida de nós, quão valiosa é a intercessão pela cidade na qual Deus nos tem colocado, pois “muito pode a súplica do justo em seus efeitos” (Tg.5:16).
É imperativo que “reouçamos” a voz de Deus a nos falar tão firmemente sobre nosso engajamento e investimento em relação à cidade para a qual nós fomos “desterrados”, ou na qual escolhemos trabalhar e viver. Havendo paz na cidade, em sua paz teremos, também, nossa paz. Nosso privilégio, nossa responsabilidade, nosso compromisso.
Rev. Paulo Audebert Delage