ANO LXVIII - Domingo, 10 de abril de 2011 - Nº 3415
“...andaram nos seus próprios conselhos, e na dureza do seu coração maligno; andaram para trás, e não para diante” (Jeremias, 7.24).
Era tempo de tribulação, aflição e cativeiro para o povo de Israel. Haviam sido resgatados do Egito por Mão poderosa do Senhor e levados para Canaã. Mas, a iniqüidade, injustiça e rebelião contra o Senhor os tornava alvos de Seu juízo, fazendo-os ir em cativeiro para Assíria e Babilônia.
Qual o motivo desta situação? Por que isto estava ocorrendo? A resposta nos é dada pelo profeta Jeremias: ouviram seus próprios conselhos. Haverá mal em ouvir o próprio conselho? Não necessariamente. Ocorre, no entanto, que Jeremias afirma que tais conselhos brotaram de coração “duro e maligno”.
A indicação é que os conselhos eram maus, por serem contrapostos à orientação do Senhor, dada por meio dos profetas, revelando ao povo Sua boa vontade. Desprezaram a direção do Senhor, para seguirem seus próprios passos e inclinações. O resultado foi lamentável, pois “andaram para trás”.
Quando damos lugar aos conselhos de nosso coração (sedicioso e mal) em desprezo às orientações de Deus em Sua Palavra, a colheita de tal semeadura será sempre lastimável. Poderá não ser de imediato, mas, certamente, ocorrerá em momento determinado. O fruto de tais orientações será a ruína, a queda, a derrocada.
Ao falar que o resultado de ouvirem “seus próprios conselhos” foi o “andar para trás”, o profeta se refere ao fato de serem levados em cativeiro e voltarem, portanto, à condição de escravos em terra alheia. Não apenas estrangeiros ou forasteiros, mas cativos e escravos.
Não deixe que seu coração lhe dite os conselhos em oposição ao ensino bíblico. Resista a tal inclinação, oponha-se a esta tendência. Afaste-se de tais conselhos e dê ouvidos à voz do Senhor, a fim de andar para diante e não para trás.
Rev. Paulo Audebert Delage
Nenhum comentário:
Postar um comentário