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domingo, 27 de dezembro de 2009

ESPERANÇA (LAM. 3:21 E 29)

ANO LXVII - Domingo, 27 de dezembro de 2009 - Nº 3348

Esperança (Lam. 3:21 e 29)

Aqueles que tiveram o cuidado de ler os textos referidos acima (os que não leram, sugiro que o façam), puderam perceber que o tema esperança é o foco de ambos os escritos, mas em dimensões bastante distintas.

Neste final-início de ano penso que estas duas atitudes devem fazer parte de nossa experiência. Somos testemunhas de tantos fatos tristes, deprimente e que nos envergonham como pessoas e como brasileiros, fazendo-nos colocar a "boca no pó", para ver se ainda há esperança. O desânimo com a situação circundante quanto às promessas não cumpridas, os compromissos lançados no ralo da desfaçatez, a bandalheira e roubalheira descarada de políticos e mandatários que deveriam dar exemplo, o favorecimento de pessoas para locupletarem-se sob o símbolo da concessão, a impunidade de toda essa sujidade, é muito grande. Jeremias vivia uma situação parecida de corrupção em Israel e nos dá esse incentivo: "boca no pó, talvez haja esperança".

Somos, por outro lado, destinatários de incontáveis manifestações da graça do Senhor. Somos agraciados de tantos modos e em tantas vezes, que podemos e devemos nos estimular à esperança trazendo à memória os fatos e ocorrências que façam renovar-se em nós. Não é alienação inconsequente, não é "faz de conta", não é "joguinho de contente" de Polyana; é orientação bíblica de alguém experiente na vida e com o Senhor; de quem sabe o que é sofrer e sentir a dor do desmoronamento de sua nação, mas que tem sido sustentado e amparado pelo Senhor mesmo em meio a tantas lutas e recomenda relembrar "o que pode dar esperança".

É tempo de por a "boca no pó", mas, também de trazer à memória aquilo que pode gerar esperança em nossos corações. Sejam essas atitudes presentes em nosso viver no ano de 2010.

seja esse um ano de compromisso de fé e testemunho fiel a Cristo por parte de todos nós, membros da Igreja Presbiteriana de Vila Mariana. Acima de tudo fidelidade a Cristo e Seu Pendão.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 20 de dezembro de 2009

A BÍBLIA E O NATAL (ENCARNAÇÃO DA PALAVRA)

ANO LXVII - Domingo, 20 de dezembro de 2009 - Nº 3347

A Bíblia e o Natal (encarnação da Palavra)

Dois assuntos que são de alcance imenso: Bíblia e Natal. Falar sobre eles em separado já demanda muita escrita e tempo. Tratar de ambos juntos, torna-se tarefa dificílima.

No entanto, não se pode falar de um sem o outro. Não há como falar sobre a Bíblia e não falarmos do Natal (de fato e de verdade, sem agregações), nem tampouco falarmos de Natal, sem que falemos em Bíblia.

O mês de dezembro reúne estes dois grandes assuntos no calendário cristão (protestante), sendo o dia da Bíblia comemorado no segundo domingo do mês e o Natal de Jesus no dia 25.

Para nós, é motivo de júbilo e louvor a Deus desfrutarmos destes dois grandes momentos, ou seja, reconhecermos e recepcionarmos a Bíblia como Palavra de Deus escrita e celebrarmos o nascimento de Jesus, o Cristo, nosso salvador e Senhor, a Palavra encarnada.

É pela Bíblia que somos informados desta indescritível graça, a saber, a dádiva de Deus, o Pai, a nós ao enviar seu Filho para nascer da carne e se tornar um de nós. Enfrentar as limitações da carne humana, sofrer, morrer, ressuscitar e ascender ao céu, a fim de interceder por nós para sempre. É pela Bíblia que somos informados que Jesus é nosso intercessor permanente e nosso mediador perene entre o Pai e nós. Não se trata apenas de 33 anos, mas o restante da manifestação do tempo Ele, Jesus, permanecerá sendo aquele por meio de Quem veremos e nos relacionaremos com o Pai.

Neste dezembro damos graças a Deus por Sua Palavra escrita (a Bíblia) e por Sua Palavra encarnada (Jesus); onde aquela aponta e testifica sobre esta, enquanto esta nos leva e ensina a buscar naquela a vontade do próprio Deus.

Louvado seja o Senhor por Sua Palavra escrita e encarnada.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 13 de dezembro de 2009

AI (10)

ANO LXVII - Domingo, 13 de dezembro de 2009 - Nº 3346

"Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros..." (Isaías 6:5)

Dentre os ais existentes no livro do profeta Isaías, este é, provavelmente, o de caráter mais pessoal. Ele se vê e se reconhece como uma pessoa de lábios impuros e descortina qualquer obscuridade, remove toda máscara, ao dizer e assumir: "sou home de lábios impuros". A postura de "abrir o coração" e expor-se aos olhos dos outros traz sempre riscos. Como poderia o profeta ser uma pessoa assim? É chocante.

Todos nós temos os nossos ais na mesma dimensão do profeta Isaías, mas não nos arriscamos a fazê-lo publicamente, por temermos consequências de descrédito e desautorização ante à sociedade que nos cerca. É preciso temor do Senhor e muita contrição para assumir um ai como este de Isaías.

O profeta revela sua condição interior de pessoa pecadora e que fere a Deus com suas palavras e atitudes, assume essa faceta obscura do pecador, que todos nós temos, mas que muitas vezes preferimos ignorar. Nossa liturgia traz sempre esse momento de confissão, a fim de nos fazer lembrar quem somos, sobretudo, diante do Senhor. Não podemos deixar que tal momento em nosso culto se torne formal e mecânico, precisamos recuperar, ante a Face do Senhor, esta visão quanto ao oportuno "ai de mim" Estou perdido!".

Em nossa sociedade essa expressão do profeta já não encontra mais lugar, pois a maioria já não se vê pecadora e de lábios impuros. A falta da visão de Deus como sendo Quem Ele é, embota, à pessoa, a visão quanto a si própria em sua manifestação de vileza e pecado. Nada que nos tire de nosso conforto e bem estar é recebido com satisfação. O desconforte e o desprazer que tal visão traz às pessoas nesse tempo secularizado, vai impedindo, cada vez mais, que se vejam como pecadoras. Cada vez mais, na expressão de John Mac Arthur, é "uma sociedade sem pecado". Não que ele não exista nale, mas que ela mais e mais o desconsidera como realidade.

Assim, que bom e que felicidade podermos dizer como Isaías: "Aí de mim! Estou perdido!", porque somos condizidos pela mão do Senhor e por Ele resgatados e salvos do pecado que nos condena e nos leva à perdição.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 6 de dezembro de 2009

AI (9)

ANO LXVII - Domingo, 06 de dezembro de 2009 - Nº 3345

"Ai dos que decretam leis injustas, dos que escrevem leis de opressão" (Isaías 10:1)

Como as coisas têm se modificado nos últimos tempos. A evolução tecnológica, a rapidez da informação, os meios de transportes e outros avanços. Mas, como as coisas vem se mantendo as mesmas ou, às vezes, piorando.

Isaías (650 anos antes de Cristo) escreve sobre esse ai, que persiste e se agrava até hoje: a feitura de legislação injusta.

Falamos com crítica de nossas leis criminais frouxas, de noassa legislação tributária escorchante (de esfolar a pele), de nossos operadores do Direito (juízes, promotores e advogados) por "soltarem" os bandidos e defenderem marginais. No entanto, a responsabilidade pela confecção e promulgação dessas leis é do Poder Legislativo e Executivo. Lá (nesses dois poderes) é que leis injustas e iníquas são votadas e estabelecidas para os cidadãos.

Quando vemos a situação de nossas casas legislativas e exemplos de nossos chefes executivos, resta-nos pouca esperança de que leis não injustas e não iníquas sejam proposta e aprovadas. A corrupção sempre existiu (Isaías nos fala disso) no Brasil e no mundo, mas estamos chegando perto de um ponto de saturação, de insuportabilidade que, inevitavelmente, nos levará a uma postura de revolta e rebelião, ou de apatia e indiferença ("não tem jeito mesmo").

Isaías faz referência ao tipo de lei injusta: a que nega justiça ao pobre, arrebata direito do aflito, despoja as viúvas, rouba os órfãos. Vejam nossa legislação previdenciária privilegiando a poucos em detrimento de muitos. O achatamento do ganho dos que pagaram, ao longo da vida, por sua aposentadoria e veem subtraídos o direito à uma vida digna em sua velhice e respeito ao seu direito (supostamente adquirido).

Sejamos nós construtores de uma sociedade mais digna e honrada, com testemunho cristão de vida fiel ao Senhor e Seus princípios, além de sermos cidadãos conscientes que lutam (por meio de seu voto e manifestações públicas) por seus direitos e contra as leis injustas e, também, contra os que decretam tais leis.

Rev. Paulo Audebert Delage

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.