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domingo, 18 de janeiro de 2009

BEM-AVENTURADO (19)

ANO LXVII - Domingo, 18 de janeiro de 2009 - Nº 3299

"Bem-aventurado o que espera e chega até..." (Daniel 12:12)

Esta bem-aventurança encontra-se inserida no final do livro de profecias de Daniel. Este livro é uma espécie de Apocalipse do Antigo Testamento, com muitas figuras e imagens que acabam por misturar o futuro histórico próximo e o futuro escatológico distante. Figuras à parte e interpretações escatológicas deixadas de lado, interessa-nos apenas o aspecto do motivo da bem-aventurança.

Esperar e chegar até . Esta é a essência da passagem que gera a beatitude. Há implicação de que se tem alvo ou objetivo a ser alcançado e atingido. As metas existem e são importantes na formulação de nosso viver, a fim de não andarmos sem propósito ou "dando murros no ar". (I Co.9:26).

Há os que são contrários ao estabelecimento de metas ou objetivos no âmbito da vida cristã e mesmo da Igreja. Claro fica que, se não temos um alvo a ser alcançado , é muito confortável, já que não deixamos de cumprir o que objetivávamos, uma vez que não objetivávamos coisa alguma. Assim, leva-se a vida, ou melhor, deixa-se levar pela vida.

A idéia de esperar no texto não é de imobilidade, mas de movimento, ação. É espera dinâmica, "chegar até". Perseverar em caminhar e prosseguir. Este é o desafio ao cristão em meio a um contexto adverso e de oposição acirrada. Espere (indo) até chegar.

A tendência comum é imaginar que perseverar é sinônimo de estacionar, estagnar, parar. Esta não é a realidade. A vida (inclusive a vida cristã e suas demandas) é dinâmica e a premiação se dá ao final da jornada, ao término da caminhada. Parar antes, é não completar a carreira, é desistir e "pendurar as armas". Neste sentido o Senhor Jesus faz coro com a profecia de Daniel ao dizer: "Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo" (Mateus 24:13).

Esperemos, não estagnados e parados, mas perseverando em caminhar e assim "chegar até" o alvo proposto.

Seja sobre nós a graça do Senhor.

Rv. Paulo Audebert Delage

domingo, 11 de janeiro de 2009

BEM-AVENTURADO (18)

ANO LXVII - Domingo, 11 de janeiro de 2009 - Nº 3298

"Bem-aventurado o homem que[...]se guarda de profanar o sábado, e guarda sua mão de cometer algum mal" (Isaías,56:2) .

O assunto desta bem-aventuranç a é a observância (ou não profanação) do sábado. Devemos, antes de mais nada , esclarecer que não se trata aqui do dia apontado no calendário, ao qual se dá o nome de sábado. Há países em que este dia tem outro nome. Trata-se, portanto, do "dia de descanso", uma vez que a tradução da palavra "sábado" é descanso. Deve-se notar que há referência na Bíblia a "sábados", ou seja dias de descanso, e de caráter distintivo sacralizante. Havia até mesmo um "ano sabático", ou seja um ano inteiro de descanso.

No judaismo ainda se mantém a observância de guarda do sétimo dia, para culto e adoração a Javé (Jeová). Também os Adventistas do Sétimo Dia mantêm esta prática e se aferram neste ponto como um dos fundamentais.

A cristandade, de modo geral, busca entender que tal manifestação do Senhor é o estabelecimento de um "tempo sagrado", em distinção ao profano e secular. Nós reformados seguimos a tradição bíblica-cristã da observância do domingo (significa "do Senhor"), ou o primeiro dia da semana. Claro que o sentido de observância de nossa parte não é o dos judeus em relação ao sábado, já que para nós a salvação não é por guarda de dias ou coisas assim.

Pode-se ver a orientação dos reformadores calvinistas expressa na Confissão de Fé de Westminster capítulo XXI ítens VII e VIII onde se ensina a necessidade de abstinência de práticas "de negócios ordinários" (inclusive recreações) e "ocupam todo o tempo em exercícios públicos e particulares de culto e nos deveres de necessidade e de misericórdia" .

De fato, aquele que guarda este descanso é bem-aventurado (ditoso), porque o emprega para adorar e servir, de modo especial, ao Senhor e, também, pelo fato de dar a si mesmo o repouso próprio e necessário como ser humano. A sabedoria de Deus é plena e Ele, que nos criou, sabe que necessitamos de um descanso para restauração de nossa energia, ou haverá um desgaste execessivo de nossa estrutura com a cobrança deste "sobre-uso". Guardar o descanso não é só religião, é também saúde e ciência.

Seja bem-aventurado observando e guardando um dia de descanso, como preceito e orientação do Senhor, usando-o para a participação no Serviço do Senhor.

Rv. Paulo Audebert Delage

domingo, 4 de janeiro de 2009

BEM-AVENTURADO (17)

ANO LXVII - Domingo, 04 de janeiro de 2009 - Nº 3297

Bem-aventurados todos os que nele esperam” ( Isaías,30:18).

O texto do profeta Isaías nos remete a um aspecto recorrente e comum ligado à bem-aventurança: a espera. Quando nos detemos a ler os versos anteriores e posteriores ao 18, é possível perceber que o Senhor está tratando Israel com rigor e disciplina, no propósito de instruir e orientar no retorno à comunhão e relação com Ele.

No verso em foco nota-se o autor afirmar que o próprio Deus espera para ter misericórdia e se detém para se compadecer deles. Este retardo ou adiamento por parte do Senhor é remédio amargo de disciplina curativa. Há, da parte dEle, garantia dada de interferência e ação favorável ao Seu povo, libertando-o do cativeiro em que se encontraria, embora não impedisse a ocorrência do exílio.

Neste sentido o profeta reitera que aqueles que esperam são bem-aventurados. Torna-se difícil esperar neste contexto e ambiente de tanta aflição e angústia. Esta situação é agravada à medida que o tempo vai passando e não há intervenção. Gesta-se no interior da pessoa o adoecimento da alma, fazendo verdadeira a expressão do proverbialista bíblico: “A esperança que se adia faz adoecer o coração...”( Pv.,13:12).

Por vezes sentimo-nos adoentados na alma pelo fato de que a esperança se vai adiando, retardando, afastando. O verso 19 é reforço do Senhor, por meio do profeta, para realentar e reanimar o povo. É preciso manter-se firme na expectativa e esperança da ação libertadora e restauradora do Senhor. São comuns a nós a impaciência e o sentido de urgência. No entanto, o relógio de Deus tem sua própria sincronia e nos leva a entendermos, como o salmista, os rigores do trato do Senhor: “O que me consola na minha angústia é isto: que a tua palavra me vivifica”(Sl.,119:50) e ainda: “Foi-me bom ter passado pela aflição, para que aprendesse os teus decretos.”(Sl.,119:71).

Não desanime, não sucumba, não deixe de esperar no Senhor, pois é desta forma que você continuará sendo bem-aventurado(a).

Seja sobre nós a Sua graça.

Rev. Paulo Audebert Delage

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

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