ANO LXV - Domingo, 25 de Novembro de 2007 - Nº 3239
Eleições na Igreja (Atos 6:5 e 14:23)
Há muitas pessoas que não gostam que se trate desta questão no âmbito da Igreja, isto é, eleição de diáconos e presbíteros. Já estão saturadas de política secular e de políticos inescrupulosos, e acabam associando, indevidamente, as duas coisas.
Há os que abominam assembléias e dizem que não participam e não querem nem saber: "Tô fora; Num tô nem aí".
Pode-se até entender tal atitude, mas será a mais sábia e mais adequada? Vemos que a prática de eleição de oficiais remonta à Igreja Cristã Primitiva, sendo esta a via pela qual a Igreja estabelecida aqueles que iriam conduzi-la. Não há indício de exercício arbitrário ou exclusivo de um individuo colocando ou instalando pessoas nos ofícios. Trata-se de uma manifestação democrática e bíblica. Vemos também que, em nosso sistema, este é um dos poucos momentos em que a Igreja se manifesta em ponto tão relevante. Assim é que se verifica a importância da participação nas assembléias, já que escolheremos aqueles que nos irão conduzir e representar. Aplica-se aqui a máxima da democracia: "cada povo tem o governo que merece (escolhe)". Sem dúvida nenhuma, cada Igreja em os oficiais que ela merece (escolheu). É preciso, portanto, muito critério, oração e zelo nesta hora de deliberação sobre nomes que comporão a liderança de nossa Igreja. Deixar de vir ou não se envolver, é furtar-se ao previlégio e a oportunidade de direcionar a vida da Igreja e estabelecer liderança efetivamente comprometida com o Senhor, Sua palavra e Seu Reino.
Participar da escolha dos oficiais é privilégio e direito dos membros comungantes da Igreja. A participação tem igual peso decisório, ou seja, o voto tem o mesmo valor. Ninguém tem voto diferenciado ou pode votar mais vezes. É momento de isonomia entre os membros comungantes, exercitando o direito de dizer quem você escolhe para conduzi-lo. Não vir e não votar é renunciar a tal privilégio e abrir mão do direito de exigir daqueles que foram eleitos o cumprimento de suas obrigações. Minha omissão gera a extinsão do direito moral de crítica aos que foram eleitos.
Pense sobre isto. Venha participar de nossa assembléia, e com muita oração e dependência de Deus dê seu voto, escolha aquele(s) que, à luz da Palavra de Deus, esteja(m) mais qualificados(s) para o ofício. Deus nos abençoe.
Rev. Paulo Audebert Delage