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domingo, 30 de outubro de 2005

SOLI DEO GLORIA: A EROSÃO DO CULTO CENTRADO EM DEUS

ANO LXIII - Domingo, 30 de outubro de 2005 - No 3131

SOLI DEO GLORIA: A Erosão do Culto Centrado em Deus

Em Romanos 11.36, as palavras "a Ele, pois, a glória eternamente", seguem a "porque dEle, e por meio dEle, e para Ele são todas as coisas", significando que é porque todas as coisas são vindas realmente "dEle e por meio dEle e para Ele" que nós dizemos "a Deus somente seja a glória." Pensamos na Escritura? Ela é de Deus, veio a nós pela intermediação de Deus, e permanecerá eternamente para a glória de Deus. A justificação pela fé? Vem de Deus, por meio de Deus, e para a gblória de Deus. A graça? A graça também tem sua fonte de Deus, vem a nós pela obra de Deus, o Filho, e é para a glória de Deus.

Onde quer que, na Igreja, se tenha perdido a autoridade da Bíblia, onde Cristo tenha sido colocado de lado, o evangelho tenha sido distorcido ou a fé pervertida, sempre foi por uma mesma razão: nossos interesses substituíram os de Deus e nós estamos fazendo o trabalho dele a nosso modo.

A perda da centralidade de Deus na vida da Igreja de hoje é comum e lamentável. É essa perda que nos permite transformar o culto em entretenimento, a pregação do evangelho em marketing, o crer em técnica, o ser bom em sentir-nos bem e a fidelidade em ser bem-sucedido. Como resultado, Deus, Cristo e a Bíblia vêm significando muito pouco para nós e têm um peso irrelevante sobre nós.

Deus não existe para satisfazer as ambições humanas, os desejos, os apetites de consumo, ou nossos interesses espirituais particulares. Precisamos nos focalizar em Deus em nossa adoração, e não em satisfazer nossas próprias necessidades. Deus é soberano no culto, não nós. Nossa preocupação precisa estar no reino de Deus, não em nossos próprios impérios, popularidade ou êxito.

Reafirmamos que, como a salvação é de Deus e realizada por Deus, ela é para a glória de Deus e devemos glorificá-lo sempre. Devemos viver nossa vida inteira perante a face de Deus, sob a autoridade de Deus, e para sua glória somente.

Negamos que possamos apropriadamente glorificar a Deus se nosso culto for confundido com entretenimento, se negligenciarmos ou a Lei ou o Evangelho em nossa pregação, ou se permitirmos que o afeiçoamento próprio, a auto-estima e a auto-realização se tornem opções alternativas ao evangelho.

(Extraído da Declaração de Cambridge e do livro Reforma Hoje)

domingo, 23 de outubro de 2005

SOLA GRATIA: A EROSÃO DO EVANGELHO

ANO LXIII - Domingo, 23 de outubro de 2005 - No 3130

SOLA GRATIA: A Erosão do Evangelho

Os reformadores também falaram da sola gratia: só a graça. Aqui a insistência deles estava em que os pecadores não têm nenhum direito a reivindicar de Deus, que Deus não lhes deve nada senão o castigo por seus pecados, e que, se ele os salva apesar de suas transgressões, como é o caso daqueles que são salvos, é só porque agrada-o fazer isso.

Ensinavam que a salvação é somente pela graça. Em contraste, numerosos evangélicos de hoje crêem que o homem é basicamente bom, que Deus tem a obrigação de dar a cada um a oportunidade de ser salvo, e que, se somos salvos, em última análise é por causa da nossa boa decisão de receber o Jesus que nos é oferecido no evangelho.

A confiança desmerecida na capacidade humana é um produto da natureza humana decaída. Esta falsa confiança enche hoje o mundo evangélico: desde o evangelho da auto-estima até o evangelho da saúde e da prosperidade; desde aqueles que já transformaram o evangelho num produto vendável e os pecadores em consumidores àqueles que tratam a fé cristã como verdadeira simplesmente porque funciona.

Isso faz calar a doutrina da justificação, a despeito dos compromissos oficiais de nossas igrejas. A graça de Deus em Cristo não só é necessária como é a única causa eficaz da salvação. Confessamos que os sres humanos nascem espiritualmente mortos e nem mesmo são capazes de cooperar com a graça regeneradora.

Reafirmamos que na salvação somos resgatados da ira de Deus unicamente pela Sua graça. A obra sobrenatural do Espírito Santo é que nos leva a Cristo, soltando-nos de nossa servidão ao pecado e erguendo-nos da morte espiritual à vida espiritual.

Negamos que a salvação seja em qualquer sentido obra humana. Os métodos, técnicas ou estratégias humanas por si só não podem realizar essa transformação. A fé não é produzida pela nossa natureza não-regenerada.

(Extraído da Declaração de Cambridge e do livro Reforma Hoje)

domingo, 16 de outubro de 2005

SOLUS CHRISTUS: A EROSÃO DA FÉ CENTRADA EM CRISTO

ANO LXIII - Domingo, 16 de outubro de 2005 - No 3129

SOLUS CHRISTUS: A Erosão da Fé Centrada em Cristo

Os Reformadores ensinavam que a salvação é realizada somente por intermédio e pela obra de Jesus Cristo, que é o sentido ao qual a frase solus Christus se remete. Significa que Jesus já fez tudo, de modo que agora nenhum mérito da parte do homem, nenhum mérito da parte dos santos, nenhuma obra nossa realizada aqui ou num purgatório, que seja, poderá aumentar o valor dessa obra salvadora. De fato, qualquer tentativa de acréscimo é uma deturpação do evangelho e definitivamente não é evangelho nenhum.

Proclamar Cristo somente é proclamá-lo como único e suficiente Profeta, Sacerdote e Rei do cristão. Não precisamos de outros profetas para revelar a Palavra e a vontade de Deus; na Bíblia, Jesus já disse tudo que temos de ouvir. Não precisamos de outros sacerdotes para mediar a salvação e bênção de Deus; Jesus é nosso único e suficiente Mediador. Não precisamos de outros reis para controlar o pensamento e a vida dos crentes, não precisamos de gurus; só Jesus é o Rei de cada cristão individualmente, e de Sua Igreja. Jesus é tudo para nós e por nós no Evangelho.

À medida que a fé evangélica se secularizou, seus interesses se confundiram com os da cultura. O resultado é uma perda de valores absolutos, um individualismo permissivo, a substituição da santidade pela integridade, do arrependimento pela recuperação, da verdade pela intuição, da fé pelo sentimento, da providência pelo acaso e da esperança duradoura pela gratificação imediata. Cristo e sua cruz se deslocaram do centro de nossa visão.

Reafirmamos que nossa salvação é realizada unicamente pela obra mediatória do Cristo histórico. Sua vida sem pecado e sua expiação por si só são suficientes para nossa justificação e reconciliação com o Pai.

Negamos que o evangelho esteja sendo pregado se a obra substitutiva de Cristo não estiver sendo declarada e a fé em Cristo e sua obra não estiver sendo invocada.

(Extraído da Declaração de Cambridge e do livro Reforma Hoje)

domingo, 9 de outubro de 2005

SOLA FIDE: A EROSÃO DO ARTIGO PRIMORDIAL

ANO LXIII - Domingo, 09 de outubro de 2005 - No 3128

SOLA FIDE: A Erosão do Artigo Primordial

A justificação é somente pela graça, somente por intermédio da fé, somente por causa de Cristo. Este é o artigo pelo qual a igreja se sustenta ou cai. É um artigo muitas vezes ignorado, distorcido, ou por vezes até negado por líderes, estudiosos e pastores que professam ser evangélicos. Embora a natureza humana decaída sempre tenha recuado de professar sua necessidade da justiça imputada de Cristo, a modernidade alimenta as chamas desse descontentamento com o Evangelho bíblico. Já permitimos que esse descontentamento dite a natureza de nosso ministério e o conteúdo de nossa pregação.

Muitas pessoas ligadas ao movimento do crescimento da igreja acreditam que um entendimento sociológico daqueles que vêm assistir aos cultos é tão importante para o êxito do evangelho como o é a verdade bíblica proclamada. Como resultado, as convicções teológicas freqüentemente desaparecem, divorciadas do trabalho do ministério. A orientação publicitária de marketing em muitas igrejas leva isso mais adiante, apegando a distinção entre a Palavra bíblica e o mundo, roubando da cruz de Cristo a sua ofensa e reduzindo a fé cristã aos princípios e métodos que oferecem sucesso às empresas seculares.

Embora possam crer na teologia da cruz, esses movimentos na verdade estão esvaziando-a de seu conteúdo. Não existe evangelho a não ser o da substituição de Cristo em nosso lugar, pela qual Deus lhe imputou o nosso pecado e nos imputou a sua justiça. Por ele ter levado sobre si a punição de nossa culpa, nós agora andamos na sua graça como aqueles que são para sempre perdoados, aceitos e adotados como filhos de Deus. Não há base para nossa aceitação diante de Deus a não ser na obra salvífica de Cristo; a base não é nosso patriotismo, devoção à igreja, ou probidade moral. O evangelho declara o que Deus fez por nós em Cristo. Não é sobre o que nós podemos fazer para alcançar Deus.

Reafirmamos que a justificação é somente pela graça, somente por intermédio da fé, somente por causa de Cristo. Na justificação a retidão de Cristo nos é imputada como o único meio possível de satisfazer a perfeita justiça de Deus.

Negamos que a justificação se baseie em qualquer mérito que em nós possa ser achado, ou com base numa infusão da justiça de Cristo em nós; ou que uma instituição que reivindique ser igreja mas negue ou condene sola fide possa ser reconhecida como igreja legítima.

(Extraído da Declaração de Cambridge)

domingo, 2 de outubro de 2005

SOLA SCRIPTURA: A EROSÃO DA AUTORIDADE

ANO LXIII - Domingo, 02 de outubro de 2005 - No 3127

SOLA SCRIPTURA: A Erosão da Autoridade

Só a Escritura é a regra inerrante da vida da igreja, mas a igreja evangélica atual fez separação entre a Escritura e sua função oficial. Na prática, a igreja é guiada, por vezes demais, pela cultura. Técnicas terapêuticas, estratégias de marketing, e o ritmo do mundo de entretenimento muitas vezes têm mais voz naquilo que a Igreja quer, em como funciona, e no que oferece, do que a Palavra de Deus. Os pastores negligenciam a supervisão do culto, que lhes compete, inclusive o conteúdo doutrinário da música. À medida que a autoridade bíblica foi abandonada na prática, que suas verdades se enfraqueceram na consciência cristã, e que suas doutrinas perderam sua proeminência, a Igreja foi cada vez mais esvaziada de sua integridade, autoridade moral e direcionamento.

Em lugar de adaptar a fé cristã para satisfazer as necessidades sentidas dos consumidores, devemos proclamar a lei como medida única da justiça verdadeira, e o Evangelho como a única proclamação da verdade salvadora. A verdade bíblica é indispensável para a compreensão, o desvelo e a disciplina da Igreja.

A Escritura deve nos levar além de nossas necessidades percebidas para nossas necessidades reais, e libertar-nos do hábito de nos enxergar por meio das imagens sedutoras, clichês, promessas e prioridades da cultura massificada. É só à luz da Verdade de Deus que nós nos entendemos corretamente e abrimos os olhos para a provisão de Deus para a nossa necessidade. A Bíblia, portanto, precisa ser ensinada e pregada na igreja. Os sermões precisam ser exposições da Bíblia e de seus ensinos, não a expressão de opinião ou de idéias da época. Não devemos aceitar menos do que aquilo que Deus nos tem dado.

A obra do Espírito Santo na experiência pessoal não pode ser desvinculada da Escritura. O Espírito não fala em formas que independem da Escritura. À parte da Escritura nunca teríamos conhecido a Graça de Deus em Cristo. A Palavra bíblica, e não a experiência espiritual, é o teste da verdade.

Reafirmamos a Escritura inerrante como fonte única de revelação divina escrita, única para constranger a consciência. A Bíblia sozinha ensina tudo o que é necessário para nossa salvação do pecado, e é o padrão pelo qual todo comportamento cristão deve ser avaliado.

Negamos que qualquer Credo, Concílio ou indivíduo possa constranger a consciência de um crente, que o Espírito Santo fale independentemente de, ou contrariando, o que está exposto na Bíblia, ou que a experiência pessoal possa ser veículo de revelação.

(Declaração de Cambridge)

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.