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domingo, 31 de agosto de 2003

NEM SUBESTIMAR, NEM SUPERESTIMAR

ANO LXI - Domingo, 31 de agosto de 2003 - No 3018

NEM SUBESTIMAR, NEM SUPERESTIMAR.

Há pessoas e igrejas que vêem satanás em tudo, no acidente do carro, numa enfermidade, no rótulo de refrigerantes, na música moderna, na tatuagem dos jovens, etc. etc. Há pessoas e igrejas que nem sequer aceitam a existência dele. Para alguns tudo que acontece de ruim é ação do demo e tudo que acontece de bom é manifestação divina. Elas, pessoas e igrejas, não respondem por esses atos. Posicionam-se como neutras ou irresponsáveis.

Para aqueles que subestimam a existência ou ação do inimigo, deixam a guarda aberta e buscam na psicologia a interpretação para os seus males. E não encontram explicação. Já aqueles que superestimam a ação maligna ficam neurotizados a ponto de gritar "tá amarrado" a qualquer sombra ou ruído. Como sempre, os extremos são perigosos.

O ensino das Escrituras é claro e consolador. Satanás é citado em inúmeras passagens bíblicas. A Bíblia não nega a sua existência, ousadia e artimanha. Capaz de se travestir numa serpente, conseguiu enganar nossos primeiros pais. Ardilosamente tentou a Jesus com pão, prestígio e poder. Usando a pessoa de Pedro, o destemido apóstolo, procurou impedir que Jesus Cristo cumprisse o plano de redenção da humanidade. Encheu o coração de Ananias para que este mentisse ao Espírito Santo. Chamado "diabo", "pai da mentira", "sedutor", "inimigo", ele é capaz de transformar-se em anjo de luz com a finalidade de enganar e destruir.

Contudo ele não é onisciente, onipresente ou onipotente. Na realidade ele já foi despojado e publicamente exposto ao desprezo pelo triunfo de Cristo na cruz. Seu destino está selado no lago que arde com fogo e enxofre. Mas enquanto a profecia não se cumpre cabalmente, devemos - como filhos de Deus - colocar em prática as advertências da Palavra de Deus: "Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo" (Ef 4.26,27); "Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo."(Ef.6.11); "Sujeitai-vos, pois, a Deus, mas resisti ao diabo e ele fugirá de vós" (Tg 4.7).

Sem subestimar, nem superestimar a sutileza do inimigo, preferimos descansar na declaração contida em I Jo 5.18: "Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado, antes, Aquele que nasceu de Deus o guarda e o maligno não lhe toca." Aleluia!

Rev. Eudes

domingo, 24 de agosto de 2003

IGREJA, COMUNHÃO DIVINO-HUMANA!

ANO LXI - Domingo, 24 de agosto de 2003 - No 3017

Agosto, mês de Missões.

IGREJA, COMUNHÃO DIVINO-HUMANA!

A Igreja é, primariamente, uma realidade vertical: relação com Deus! Todo o drama da Redenção já descrito está pressuposto. A questão toda é que ninguém é salvo sozinho. Há uma dimensão comunitária da fé. Quando conhecemos o Evangelho e o aceitamos, só pode ser por intermédio dos outros, em comunhão com outros, para transmitir a outros. A própria Escritura foi elaborada através da Igreja, por ela preservada e disseminada. Quem tem a Bíblia está sendo alcançado pela obra missionária da Igreja.

Não há possibilidade do exercício da fé do modo puramente individual. É certo que o membro da Igreja é pessoal e importa tenha tido a experiência da conversão. Não há dúvida, Igreja não existe sem pessoas que tenham a comunhão com Deus e o cultivo dessa comunhão. Mas elas nunca estão sós. Associam-se para os propósitos espirituais. Isto, de certo modo, é imposição da própria natureza humana. Desde o início Deus fez o homem para a vida social. Em Gênesis, cap. 2, quando se fala da criação da mulher, a razão dada por Deus não foi outra: o homem não deve estar só. Isolado, o homem é abstração.

Não só pela diferenciação biológica somos nós dependentes uns dos outros. Também do ponto de vista psicológico. Isolamento, quando extremo, provoca loucura. O ser humano no isolamento se torna sub-humano.

Feito para ter comunhão com Deus, o ser humano, como sabemos, preferiu voltar-lhe as costas. Cumprisse seu destino e teria sido feliz, pois que o amor de Deus fundamenta toda sociabilidade legítima, visto que desinteressada. Mas o egoísmo é fatal. O egoísta encontra outros egoístas. Daí as discussões e guerras que mancham toda a história dos homens.

No meio desse cenário instituiu Deus a Igreja. Igreja que é sociabilidade sui-generis: a "comunidade dos santos"! A comunidade, nesse caso, é expressão de sociabilidade cuja razão está em Deus. Não se trata de mera simpatia natural que esteja a unir os membros da Igreja. Não. É pelo que Cristo fez por nós, é pelo que o Espírito Santo faz em nós, que estamos sendo chamados a viver juntos. Uma comunhão de fé e serviço, com humildade e propósito.

A Igreja é, pois, neste mundo de paixões e desavenças, o corpo que tem Cristo por cabeça e que visa a plenitude da comunhão e da realização da vontade de Deus.

Texto do Rv. Júlio Andrade Ferreira, de saudosa memória.

domingo, 17 de agosto de 2003

QUE DAREI AO SENHOR... ?

ANO LXI - Domingo, 17 de agosto de 2003 - No 3016

Agosto, mês de Missões.

QUE DAREI AO SENHOR... ?

Esta é uma indagação encontrada no verso 12 do Salmo 116. Indagação que o salmista faz a si mesmo, procurando um meio de expressar sua alegria, sua gratidão, pelos benefícios que recebera das mãos de Deus. Benefícios, aliás, reconhecidamente imerecidos. Daí crescer em significado a sua indagação.

Essa é uma pergunta séria, e não apenas uma frase de efeito. Pergunta que exige uma resposta também séria e honesta. Porque se a resposta não corresponder, ainda que de forma pálida, pequenina, à generosidade do amor de Deus - amor que provê a nossa felicidade temporal e eterna - a pergunta cairá no vazio, perderá sua relevância.

A propósito, há quem interprete essa pergunta assim: "como pagarei a Deus... ?" E em resposta passa a dar esmolas, procurando satisfazer o que restou de sensibilidade em seu coração, até então endurecido para com Deus e para com os seus semelhantes. Outros entendem que os benefícios de Deus são meios que Ele usa para barganhar conosco alguma coisa que possuímos e que a Sua igreja necessita. E por causa dessa visão mesquinha e distorcida do amor divino, dão ofertas à igreja na expectativa de que Deus não lhes tire o que têm ou na esperança de receberem novos e maiores benefícios.

Ao contemplar o amor "que excede a todo o entendimento", o crente sincero só encontra uma resposta adequada, a resposta do próprio salmista. Contrito, consciente, agradecido e cheio de júbilo, ele diz: "Tomarei o cálice da salvação e invocarei o nome do Senhor. Cumprirei os meus votos ao Senhor, na presença de todo o Seu povo".

Em outras palavras, consagração total! Responder, pois, satisfatoriamente ao Senhor de nossas vidas, é entregar-se a Ele sem restrições, servindo e amando, amando e servindo com tudo o que somos ou temos. Primeiramente com o que somos e, conseqüentemente, com o que temos.

Permita Deus que eu, compreendendo o alcance da resposta do salmista, assimile a sua atitude, e assim viva para honra e glória do Senhor. E quanto a você, meu irmão, minha irmã?

Rev. Eudes

sexta-feira, 15 de agosto de 2003

PAI, QUANTO VOCÊ GANHA POR HORA?

ANO LXI - Domingo, 15 de agosto de 2003 - No 3015

No transcurso do Dia dos Pais,
nossa homenagem.

PAI, QUANTO VOCÊ GANHA POR HORA?

- Pai, quanto você ganha por hora? Com voz tímida e olhos cheios de admiração o menino recebia o pai que acabava de chegar do trabalho.

Um tanto surpreso, mas olhando sério para o garoto, o pai respondeu: - Filho, isso nem sua mãe sabe direito! Não me amole mais porque estou cansado.

-Mas papai, insistiu o garoto, diga-me por favor quanto o senhor ganha por hora? O pai, finalmente, entregando os pontos, respondeu friamente: - Ganho R$10,00. E o filho continuou: - O senhor poderia me emprestar R$3,00?

Externando seu nervosismo e francamente aborrecido, o pai estourou: - Quer dizer que para isso você queria saber quanto eu ganho, né? Vá dormir e não me amole mais, menino interesseiro!

A noite chegou. O pai, refletindo sobre o que tinha acontecido, sentiu remorsos. Talvez, quem sabe, o filho quisesse comprar alguma coisa... Finalmente, para desencargo de consciência, entrou no quarto do filho.

- Você está dormindo, filho?

- Não, papai.

- Aqui está o dinheiro que você pediu.

- Obrigado, papai, respondeu o menino, enfiando a mãozinha embaixo do travesseiro e tirando mais algumas notas.

- Agora já completei! Tenho dez reais! Você pode me vender uma hora do seu tempo, papai?

(Extraído)

domingo, 3 de agosto de 2003

ALVO MAIS QUE A NEVE

ANO LXI - Domingo, 03 de agosto de 2003 - No 3014

ALVO MAIS QUE A NEVE

O Salmo 51 é sem sombra de dúvida a mais forte e pungente confissão de pecado. Abatido por um terrível sentimento de culpa, o rei e cantor de Israel clama por perdão. E busca na misericórdia de Deus a esperança de sua restauração moral. Com esse propósito faz um pedido sincero e poético: "Lava-me,e ficarei mais alvo que a neve"!

Para as pessoas que habitam nas regiões distantes da zona equatorial, a imagem física e mental da neve é coisa corriqueira. William Shakespeare,bem acostumado com a neve, e atento ao vício da maledicência, usou a neve como linguagem de retórica na Parte II do seu Henrique IV: "Ainda que sejas casto como o gelo, puro como a neve, não escaparás da calúnia".

A neve, porém, não é um fenômeno comum nas terras ao sul do Líbano. Contudo, não era desconhecido. Em II Samuel 23.20 há uma referência a um homem que "matou um leão no tempo da neve". O profeta Jeremias, sentindo as dores da vergonha no cativeiro babilônico, lembra-se do tempo de paz e de bênçãos em que os príncipes de Israel "eram mais alvos que a neve" (Lm 4.7).

Mas é em Isaías 1.18 que essa linguagem figurada é aplicada com o mesmo sentido do Salmo 51: "Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados são como a escarlate, eles se tornarão brancos como a neve..." Que promessa maravilhosa! E Deus cumpre o que promete.

Em todos esses textos bíblicos acima citados a neve é usada em contrate com a sujeira. Sujeira física, moral ou espiritual. Corpos sujos, bocas sujas, pensamentos sujos, almas sujas. Tudo pode se tornar "mais alvo que a neve". Nada há de impuro em nossa vida que o Senhor não possa lavar!

Se você está abalado por fortes sentimentos de culpa ou abatido por calúnias gratuitas, saiba que o sangue de Jesus tem poder para nos lavar e nos purificar de toda iniqüidade. Mas isto só é possível se reconhecermos a nossa transgressão e humildemente clamarmos pelo perdão do Senhor. Caso você se considere melhor que Davi não se humilhe nem peça perdão. Mas se você, como eu, sente-se inferior ao grande servo de Deus, quebrante-se e clame: "Lava-me, e ficarei mais alvo que a neve".

Rev. Eudes

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.